31 janeiro 2008

Urgências? Um dia vai correr muito mal....

Será que estamos em 1533, como o anjo nos parece indicar?

Acho que ele se está a rir de nós, é que se analisarmos bem, o ano de 2008 parece uma “irrealidade” no que concerne ao nosso serviço de urgências fora das grandes cidades.

Podia dar uma dor de barriga ao ex-ministro (já é ex?), mas bem longe de um hospital, que acham?

Graças a Deus que moro perto de Coimbra, embora tivesse urgências mais perto, na Mealhada, que por acaso também fecharam e na Anadia que fecharam igualmente…. Eu tenho carro e bombeiros competentes perto, posso me considerar uma sortuda, não pensam o mesmo que eu?

Desde que ambas as urgências fecharam é um corrupio de ambulâncias para os hospitais de Coimbra, não há um dia que passe que não me tenha que colocar na berma para passar a ambulância, faz imensa impressão, parece que o país está em alvoroço.

O motivo pelo qual estou a escrever este “post” deve-se ao que vi de manhã que me indignou:
Mais uma vez, a caminho de Coimbra passa uma ambulância dos Bombeiros da Mealhada a alta velocidade, entrando inclusive nos semáforos em sentido contrário, tanto era a pressa.

Uns kms à frente vejo essa mesma ambulância parada na entrada da IC2 com o carro rápido do INEM de Coimbra atrás a socorrer quem quer que lá fosse, em plena IC2….. por favor!!!!!!

Mas que país é este que os doentes têm que ser socorridos a meio do caminho?

O INEM não tem mãos a medir, as urgências não é um carro rápido do INEM, as urgências é um sítio físico e não móvel! Os portugueses merecem um pouco de dignidade.

Mas continuando que o post vai longo.

Quando chego a Coimbra já a ambulância e o INEM estavam atrás de mim, entrando na maternidade….. será que nasceu mais um bebé? Será que a mãe chegou bem?

Onde nasceste tu?

Na entrada do IC2 numa ambulância enquanto uma fila de transito passava ao lado…..

Parece-me que estamos em 1533 ….. em pleno “Re”nascimento.

1 comentário:

Paulo Nabais disse...

É, de facto, um grande post.
Gostei da abordagem. Vivemos num país pobre em que meia dúzia são ricos. Mas estes governantes querem um país rico com um povo pobre... Pois, a mim não me levam... não é desta forma, mas sim com um espírito inovador em que todos recebem os louros. O barco é só um e é de todos, mas só alguns recebem os dividendos... pois, pois...